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Limpeza e desinfecção técnica para instituições de saúde

sábado, 15 de fevereiro de 2025 >> Postado por Vanessa Indeba
A higienização nos Estabelecimentos Assistenciais à Saúde (EAS) é de fundamental importância para a prevenção de infecções e a garantia da segurança dos pacientes.
Embora seja fácil identificar a presença de microorganismos no ambiente, determinar seu papel específico na origem das infecções é uma tarefa complexa. Áreas com poeira, umidade ou acúmulo de água tornam-se locais propícios para a proliferação de germes, reforçando a necessidade de práticas rigorosas de limpeza e desinfecção.
Este manual foi desenvolvido para orientar profissionais na execução correta dessas práticas, enfatizando a importância de secar adequadamente superfícies e artigos e evitando a varredura seca nos EAS.
Classificação das áreas de EAS
Nos Estabelecimentos Assistenciais à Saúde (EAS), a classificação das áreas em diferentes níveis de risco é essencial para implementar práticas de higiene adequadas e eficazes.
As áreas críticas são aquelas que oferecem maior risco de infecção devido ao estado grave dos pacientes e aos procedimentos invasivos realizados, tendo um alto risco de oferecer contaminação. alguns exemplos de áreas críticas são:
- Centro Cirúrgico (CC)
- Centro Obstétrico (CO)
- Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
- Unidade de Diálise
- Laboratório de Análises Clínicas
- Banco de Sangue
- Setor de Hemodinâmica
- Unidade de Transplante
- Unidade de Queimados
- Unidades de Isolamento
- Central de Material e Esterilização (CME)
- Área suja da Lavanderia.
As áreas semicríticas são aquelas onde se encontram pacientes internados, mas com um risco de transmissão de infecção menor do que nas áreas críticas. Esses locais ainda exigem cuidados consideráveis com a limpeza, porém com uma intensidade e frequência menores comparadas às áreas críticas.
Exemplos de áreas semicríticas incluem ambulatórios, e enfermarias em geral, banheiros, elevadores e corredores.
As áreas não críticas são todas aquelas dentro dos EAS que não são ocupadas ou transitadas por pacientes. Nesses locais, o risco de infecção é substancialmente menor, permitindo uma abordagem de limpeza mais leve e com menos frequência.
Exemplos de áreas não críticas incluem áreas administrativas (como salas, banheiros e dormitórios), auditórios, centros de estudos e vestiários.
Processos de limpeza

A limpeza de superfícies é essencial para garantir ambientes seguros e higiênicos, reduzindo o risco de infecções. Para isso, são adotadas diferentes práticas de limpeza, cada uma com objetivos específicos e adequados às necessidades das diversas áreas dos EAS.
Limpeza Concorrente
A limpeza concorrente refere-se ao processo diário de limpeza de todas as áreas, com o objetivo de manter a higiene, reabastecer e repor materiais de consumo diário, como sabonete líquido, papel higiênico e papel toalha.
Inclui também a coleta de resíduos de acordo com sua classificação, a higienização molhada dos banheiros, a limpeza de pisos, superfícies horizontais e equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes limpos e agradáveis.
Limpeza Terminal
A limpeza terminal é um procedimento de limpeza ou desinfecção de todas as áreas, visando reduzir a sujeira e, consequentemente, a população microbiana, diminuindo a possibilidade de contaminação ambiental.
Realizada nas altas, óbitos, transferências e periodicamente de acordo com a criticidade das áreas (crítica, semicrítica e não crítica), seguindo um cronograma mensal com data, dia da semana e horário pré-estabelecidos.
Este procedimento abrange todas as superfícies e mobiliários, tanto horizontais quanto verticais, em áreas críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e áreas comuns.
Técnicas de limpeza para ambientes de saúde segundo a ANVISA
A limpeza envolve a retirada das impurezas acumuladas nas superfícies, utilizando métodos mecânicos (como fricção), físicos (como variação de temperatura) ou químicos (como produtos de limpeza), por isso, veremos abaixo quais os métodos indicados pela ANVISA e como realizá-los.
Técnicas de dois baldes
Consiste na higienização utilizando panos específicos para limpeza de pisos e um rodo. Essa prática agiliza o trabalho do profissional responsável pela limpeza e desinfecção de superfícies, eliminando a necessidade de deslocamentos frequentes para trocar a água ou lavar os panos no expurgo.
Essa técnica é dividida em quatro etapas: varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar.
Varredura úmida
O objetivo é eliminar o pó e detritos soltos no piso, utilizando um pano úmido e um rodo. Esses resíduos devem ser removidos do ambiente com o auxílio de uma pá, sem serem transportados até a porta de entrada.
A limpeza deve começar pelos cantos, de maneira cuidadosa, permitindo que as pessoas presentes no local percebam o processo e possam colaborar, liberando o espaço. Nessa fase, os dois baldes devem conter somente água.
Ensaboar
Consiste em esfregar a superfície com detergente para eliminar completamente a sujeira. Durante essa etapa, um balde será destinado à água limpa, enquanto o outro conterá a solução detergente.
Enxágue e secagem
Nessa etapa o objetivo é enxaguar a superfície, removendo qualquer resíduo de sabão ou detergente. Nesse momento, ambos os baldes devem conter somente água limpa. Depois de retirado todo o sabão, a superfície deve ser seca para evitar acidentes como escorregões e quedas.
Técnica de Limpeza com MOP
Para realizar essa técnica, é preciso começar removendo as partículas menores, como migalhas, papéis e cabelos, utilizando o mop. Em seguida, use uma pá para recolher partículas maiores presentes no piso, também evitando direcioná-las ao banheiro.
Em seguida, o MOP deve ser mergulhado em solução com água e detergente, o excesso de água deve ser removido de suas cerdas e a limpeza iniciada. Para o enxágue, o mop deve ser mergulhado em um segundo balde com água limpa, garantindo a remoção eficiente da sujeira.
Há ainda outras técnicas que podem ser utilizadas como mop plano com Spray, lavagem com extratoras automáticas, limpeza com enceradeiras entre outros. A escolha da técnica de limpeza deve ser feita de acordo com a necessidade de cada área e também de sua classificação.
Técnicas de Desinfecção
A desinfecção é um método físico ou químico utilizado para eliminar microrganismos patogênicos presentes em superfícies e objetos inanimados.
Em casos de pequena quantidade de matéria orgânica, deve-se remover com papel toalha, grande quantidade pano ou equipamento para recolhimento de matéria orgânica. Realizar o descarte dos papéis, panos e fluídos em local correto.
- Para pisos e paredes:
- Limpar com detergente utilizando equipamento adequado.
- Enxaguar e aplicar desinfetante, respeitando o tempo de ação.
- Se necessário, realizar novo enxágue e secagem.
- Para mobiliário:
- Limpar com detergente usando panos apropriados.
- Friccionar a superfície com desinfetante padronizado.
Obs:. Quando o desinfetante for 2 em 1(limpador e desinfetante), ou 3 em 1(limpador, desinfetante e alvejante) deverá ser utilizado em duas etapas nas superfícies: primeiro para limpar e depois para desinfetar após a remoção da matéria orgânica.
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